Descrição
TEXTO 2
Subjetividade e visão política poderão ser ampliadas e deslocadas com a ajuda de uma renovada teologia do reino de Deus, tema tão caro tanto à teologia da libertação quanto à da missão integral. Uma teologia do reino que ultrapasse a contribuição rica, mas já insuficiente, da visão dialético-escatológica do “já-ainda não” e desenvolva uma nova visão da temporalidade messiânica. Uma teologia do reino que ultrapasse a ainda necessária discussão sobre os modelos políticos e se concentre na própria noção de poder, um poder emancipador e não um poder estratégico-dominador. Uma teologia do reino que ultrapasse o dilema igreja-mundo e incorpore a pluralidade de expressões religiosas e culturais da boa nova messiânica, que não pode ser reduzida ao mero cristianismo. Uma teologia do reino que ultrapasse a discussão sobre a relação pecado-salvação e nos ajude a compreender e a nos relacionar melhor com o próprio Deus que reina, descendo às raízes da reflexão teológica para que não permaneça mais prisioneira do modelo teísta de compreensão do divino e suas consequências. Uma teologia do reino, enfim, regada a orações e lágrimas.
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